Superagui

Papagaios, golfinhos e Fandango

A Vila de Superagui faz parte do território do Parque Nacional do Superagui, junto com as ilhas das Peças, do Pinheiro e do Pinheirinho. Os sambaquis facilmente encontrados demonstram a presença de pescadores primitivos, depois de índígenas Carijós e Tupiniquins. Em 1852 Perret Gentil, cônsul suíço no Rio de Janeiro, fundou na Ilha de Superagüi uma das primeiras colônias européias no estado do Paraná, no início foram instaladas 15 famílias. Atualmente, é outro paraíso ecológico no litoral paranaense, que tem sido descoberto por intelectuais, estudantes, viajantes e, é claro, maconheiros. Com o aumento da demanda na Ilha do Mel, Superagui se tornou refúgio de quem quer ter sossego e natureza. Aqui, é fácil ver revoadas de papagaios, e nadar a menos de 3 metros de golfinhos, no canal em frente a vila, que concentra quase todas as pousadas e restaurantes.

O parque Nacional de Superagui é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1991, e abriga em seu território de 34 mil hectares espécies ameaçadas de extinção, como o papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) e o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis) , o mico-leão-da-cara-preta (Leontopithecus caissara) e o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), além de praias desertas e manguezais intocados. Tem sua administração a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

Com acesso de barco a partir de Paranaguá, a travessia dura duas horas. Evite os meses de março a maio, época de muitas chuvas. Mas, independente da época, o Bar Akdov, no centro da comunidade, é sempre reduto de um bom baile de Fandango, ritmo caiçara local. Ao som da rabeca, do pandeiro e do violão, os casais dançam animados no salão, com uma boa cachaça de cataia na mão, e não raro, alguns becks na cabeça.