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Marcha da Maconha de Atibaia 2018
12 de maio, 2018 às 15:00 - 18:00 UTC-3
As políticas de segurança nacional e as guerras as drogas
Para entendermos nosso presente muitas vezes temos que olhar para o passado, buscando um entendimento da historia do desenvolvimento da nossa sociedade, e precisamos trazer o debate político a tona, para esclarecer eventos fatuais do nosso dia a dia nas periferias do Brasil e entender as raízes do problema
Primeiro ponto que devemos consideração é o período político que a “guerra às drogas” se iniciou no país, no fim dos anos 70 e começos dos anos 80, a ditadura já não tinha motivos para perseguições politicas, pois os mesmos já haviam sido eliminados e não era problema algum para o regime, mas com uma mudança gigantesca na sociedade brasileiras novas pautas para o regime foram tomadas em relação a Segurança Nacional.
Com o desenvolvimento desenfreado da indústria centralizado nas principais capitais, o aumento demográfico, causaram aumento do número de favelas nas regiões periféricas, o contexto histórico trouxe um aumento da produtividade para o país, mas a custo do aumento da desigualdade, do desemprego e da violência. É nesse tumulto social que nasce um novo objeto de perseguição política e de controle social da ditadura, as drogas, seguindo o modelo estadunidense de Richard Nixon.
Esse novo objeto de perseguição nacional não seria tão frustrante para nossa sociedade, se drogas não fosse vendidas por moradores das periferias, os mesmo que sofriam com o desenvolvimento desenfreado do capital e a falta de empregos. Com essa problemática estabelecida no Brasil, avança como uma nova forma de oprimir os trabalhadores de regiões periféricas, pois a desculpa de que o Brasil não progredia por conta dos ameaça comunistas já estava esgotada, então a solução foi moralizar as drogas para perseguir os pobres, e para legitimar o novo monopólio da violência exercida pelo Estado.
Como resultado dessa desastrosa politica, hoje, essas ações são responsáveis pelo extermínio de milhares de brasileiros e aprisionam cerca de 700 mil jovens periféricos, jovens que se quer possuem uma estrutura digna para sobreviver, somando a isso, como herança escravocrata o racismo institucionalizado do nosso país vem causando grandes danos no desenvolvimento sócio-cultural da juventude negra periférica.
Esse falso humanismo proibicionista tem negado as experiencias históricas de países que conseguiram diminuir a violência decretando o fim da “guerra as drogas”, porem, o Brasil ainda caminha na contramão da historia, e o governo golpista de Michel Temer decretando intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro com pano de fundo de “guerra às drogas”, levando medo e terror a esses brasileiros, em uma ação que tem o objetivo concreto de desviar o foco da crise politica e do aumento do desemprego vivido em nosso país causada da pela grave crise econômica e desestabilização de nosso Estado democrático.
A luta pela legalização da maconha é uma proposta de combater a violência do Estado, não permitindo que usem substâncias como desculpa pra se chegar ao corpo e à privacidade do lar dos cidadãos das periferias. Não assistiremos ao extermínio de nossa juventude calados, dia 12 de Maio iremos pra rua em defesa da nossa gente e contra a Intervenção Militar no Rio de Janeiro, Intervenção NÃO ! Solução é Legalização !